Perfil

Com calma e boas escolhas, Isabelle Drummond é sucesso duradouro

Prestes a estrear como protagonista da nova novela das 18h da Globo, Novo Mundo, Isabelle Drummond, de 22 anos, é figurinha carimbada na mídia, mais especialmente nas últimas semanas, quando passou a promover o mais recente trabalho. Alheios a flashes e burburinho ao redor, a calma e requinte da menina que cresceu dentro da TV se mantém inabalável.

E não é raro ver a atriz em sites e revistas de entretenimento, inclusive nas páginas de fofoca. Mas ao contrário de sua geração (e dessa atual geração), que faz da vida pessoal o motivo de constante atualização midiática, a garota de Niterói sempre deixou seu trabalho tomar conta dos holofotes – da sua vida pessoal, só se sabe aquilo que ela quer que saibam.

Então, qual o motivo de tantas páginas sobre ela? Porque ela não para. De trabalhar. Num ritmo constante e, de certa forma, contrário a sua personalidade, que pende para um equilíbrio (infelizmente) pouco visto entre os artistas que trabalham desde cedo.

Mas quem a vê, hoje, tão focada em tudo que faz e com um jeito suave de se portar pode esquecer que Belle (como é chamada por amigos) atraiu olhares na TV dando vida à espevitada Emília, na série Sítio do Picapau Amarelo. O papel foi conquistado por um erro: cotada para fazer a Narizinho, Isabelle decorou o texto “errado” e se apresentou como Emília – sorte a nossa! Embora já tivesse aparecido antes na minissérie Os Maias (2001), foi a boneca de pano que durante seis anos (2001-2007) mostrou o potencial que aquela criança tinha e tudo que ela prometia.

Isabelle Drummond como Emília no Sítio do Picapau Amarelo.

Promessa que foi cumprida com sabedoria. Desde que deixou para trás o mundo de fantasias criado por Monteiro Lobato, não houve um ano em que Isabelle não esteve na telinha. Passando pelo especial A história da Rosa, na qual dividiu a personagem-título com Adriana Esteves, e Eterna Magia e A Favorita, nas quais ainda pertencia ao núcleo infantil, a primeira oportunidade de mostrar que a infância estava ficando para trás foi em Caras e bocas.

Novamente rivalizando com sua personalidade, mas seguindo os passos de Emília, a atriz interpretou Bianca, uma adolescente rica e extremamente inventiva, que precisou se acostumar a uma vida mais simples depois de sua família perder a fortuna. O papel, escrito para ser secundário, foi ganhando espaço no decorrer da trama, de forma que a conclusão de sua narrativa – e a expectativa de ela beijar ou não o melhor amigo que alimentava um amor por ela desde sempre – foi uma das mais esperadas do folhetim.

Na sequência, foi a vez de Isabelle, agora com 17 anos, interpretar Rosa, em seu primeiro folhetim de época, Cordel Encantado. A calmaria propiciada por esse trabalho deu lugar à intensidade e turbulência de Cheias de Charme, um fenômeno midiático que levou a história para fora da trama e o brilho de Belle a um novo patamar.

Isabelle Drummond em Novo Mundo.

“Anna é questionadora, corajosa, gosta de transformar as situações, de pensar sobre tudo”, descreveu Isabelle em entrevista à Folha de S.Paulo, logo fazendo um paralelo consigo mesma: “Não sou muito de me conformar com os modelos que vejo. Acabo, às vezes, indo na contramão de muitas coisas. As minhas escolhas, inclusive na minha carreira, são bem fiéis ao que acredito”.

A nova trama garante a Isabelle Drummond o terceiro trabalho consecutivo no ar (contando A lei do amor e Cheias de Charme em reprise), e, especialmente, mais uma chance de provar que seu sucesso não é passageiro – e não depende de colunas sociais para acontecer. Com tranquilidade e competência, ela garante que é talento o que os espectadores brasileiros estão sempre ansiosos para ver.

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo