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As 10 melhores séries da década de 2000

Chegar da escola, ou da faculdade, ligar a TV e desfrutar uma noite ao lado das Garotas Gilmore, do Clark Kent e do Seth Cohen. Isso foi os anos 2000, a época de ouro da Warner Bros, os anos em que as comédias precisaram preencher um espaço quase impossível deixado por Seinfield, e mais tarde Friends. Dez anos nos quais roteiristas e produtores tiveram que se reinventar para manter o público na frente da TV. Se os anos de 2010, sao os anos dos Revival, a década anterior foi com certeza um tempo de superação.

Confira as 10 melhores séries da década de 2000

Skins (2007 – 2013)
O drama teen britânico merece um lugar na nossa lista não só pela sua inegável qualidade, que garantiu o sucesso com o público e a crítica, mas também pelas inovações que trouxe para o modo de fazer televisão. A primeira delas era a divisão da série em gerações, o que fazia com que tivéssemos que nos apegar e desapegar aos personagens em apenas duas temporadas – o tempo que cada geração durava.

Além disso, era louvável a profundida dos personagens e a maneira como temas polêmicos como transtornos mentais, sexualidade, gravidez na adolescência, abuso de drogas e bebida e até a morte eram tratados. Por conta de tudo isso, apesar de ser uma série que retratava o universo adolescente, a classificação indicativa da série sempre foi +18. Se você nunca assistiu, aproveite que todas as temporadas estão disponíveis na Netflix e apaixone-se você também por Skins.

How I Met Your Mother (2005 – 2014)
Talvez seja exagero, talvez não. Mas vou arriscar dizer que How I Met Your Mother significou para muita gente e para a história da TV a mesma comoção que Friends causou, mas com uma década de diferença. Ao mesmo tempo, serviu para tampar o buraco deixado pela antecessora que terminou um ano antes.

Mas muito além das comparações – causadas pelo fato de ambas as histórias se concentrarem num grupo de amigos –, HIMYM desenvolveu uma narrativa particular de uma história com fim definido: descobrir como Ted (Josh Radnor) conheceu a mãe. Para contar essa saga, personagens peculiares e cativantes foram desenvolvidos, fazendo com que a trama se tornasse LEGEN…wait for it… DARY! (Entendedores entenderão).

House (2004 – 2012)
Entre tantas séries médicas dos anos dois mil, uma das de maior destaque com certeza foi House M.D. A série segue a rotina profissional da equipe médica encabeçada pelo Dr. Gregory House (Hugh Laurie), um médico considerado gênio em seu meio, contudo bastante ranzinza e difícil de lidar. Dado seu talento e genialidade, a rotina de House consiste em fazer diagnósticos precisos de casos estranhos para a medicina, com a ajuda de seu time, composto por médicos de diversas especialidades diferentes.

Nos oito anos que a série esteve no ar, House e sua equipe (que possui uma rotatividade surpreendente de membros) resolveram diversos casos de doenças erradicadas e raras através não só de seus conhecimentos médicos, mas também de investigações – o que levou House a dizer, várias vezes, sua frase clássica “Everybody lies” (“Todo mundo mente”), em referência às mentiras que os pacientes contavam sobre o que tinham feito que poderia tê-los deixado doentes.

Gilmore Girls (2000 – 2007)
Durante as sete temporadas, Gilmore Girls foi responsável por criar uma das relações de mãe e filha mais famosas da ficção (senão a mais famosa). Lorelai (Lauren Graham) e Rory (Alexis Bledel) tinham só 16 anos de diferença e muitas vezes pareciam mais amigas que parentes. E, mais que passar por situações relevantes, o grande atrativo da trama era a forma com que ambas lidavam com a rotina e uma com a outra.

Além do perfect duo, a série também ficou conhecida pelos diálogos rápidos (os scripts tinham quase o dobro do tamanho do de outros shows com o mesmo tempo) e cheios de referências culturais – não à toa existem várias listas pela internet de todos os livros e filmes citados durante os 153 episódios (e são centenas!)

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The OC (2003 – 2007)
Você alguma vez já sonhou em morar num casarão, na beira da praia, com todo o conforto e todo o luxo possível, tendo a vida perfeita? Pois bem, The O.C. é a série que vai te mostrar que, mesmo nessas condições incríveis, nada é perfeito. O personagem principal da história é Ryan Atwood (Ben McKenzie), um garoto de periferia que foi acolhido por um advogado em sua casa, em Newport City, e a série acompanha sua adaptação em um ambiente de luxo, completamente diferente daquele de onde veio. Ryan logo fica amigo de Seth (Adam Brody), o filho do advogado, que sofre bullying na escola, e se interessa por Marissa (Mischa Barton), que mora na casa ao lado e parece ter uma vida perfeita – e que descobrimos, ao longo da história, está bem longe de ser assim.

A série trata principalmente dos vários problemas e questões da adolescência, muitas vezes de forma trágica, mas sem perder o tom de humor, que muitas vezes aparecia graças à empatia que Seth e Summer (Rachel Bilson) tiveram com o público, fazendo com que o casal, que originalmente era coadjuvante, muitas vezes desse o tom do show.

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Smallville (2001-2011)
Há alguns anos, dizer que Smallville era uma das melhores séries da TV… posso dizer que era um pouco arriscado. Quase ninguém compreendia como uma história como aquela – do Superman que não era assim nada “Super”- estava há tanto tempo na televisão. Como fã incondicional da série, posso dizer: As aventuras do Superboy abriu caminho para toda essa onda de super-heróis na TV de hoje. Basta dizer que séries como Arrow, The Flash e até mesmo Beauty And The Beast tem referências muito diretas com a ‘escola de Vancouver’.

Fazer uma série de heróis com baixo orçamento não é nada fácil, e por isso, costume sempre dizer que a criatividade dos roteirista, um esforço sobre-humano da equipe que escala atores e atrizes para a série e a força de vontade dos produtores salvaram o dia, principalmente com o tamanho da lista de restrições que a DC Comics tinha imposto à Warner na época que a série estreou: nenhuma referência direta ao Homem de Aço. Mesmo assim, Smallville cumpriu muito bem o seu papel, e mostrou que o moleque bobo da fazenda poderia ser o maior herói da Terra. Dos pontos de destaque para a série, devo ressaltar a parceria sempre certeira com os próprios roteiristas da DC, principalmente o John Byrne, que depois que o criadores – a entidade chamada Al-Miles – deixaram a série, fez com que as histórias bebessem muito mais dos quadrinhos. Foram 10 temporadas, mais de 200 episódios, e valeu cada segundo. (Sim, até a Lana, ok? Não é porque eu a odeio, que não sinto saudades).

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CSI (2000 – 2015)
CSI não é somente uma das melhores séries da década de 2000. Ela é, também, um dos maiores marcos da TV. A série ficou no ar durante 15 anos e, nesse tempo, ganhou alguns Emmy e o prêmio de série dramática mais assistida do planeta por 6 vezes, no Festival de TV de Monte Carlo.

A série, que mostrava a rotina de um grupo de cientistas forenses do laboratório de criminalística da polícia de Las Vegas, deu origem à três spinoffs: CSI: Miami, CSI: NY e CSI: Cyber. Todos eles não tiveram o sucesso da série mãe a acabaram cancelados antes mesmo de CSI chegar ao fim, com exceção de CSI: Cyber, que terminou um ano após o encerramento da série original. Além das 15 temporadas, a série ganhou um telefilme para encerrar a trama de alguns personagens.

As Visões da Raven (2003 – 2007)
Todo mundo, alguma vez na vida, já quis prever o futuro – nem que fosse só umas horas pra frente. Raven, porém, podia! E isso causou muitas confusões. Produção do Disney Channel, As Visões da Raven foi uma série que conquistou o público infanto-juvenil entre 2003 e 2007.

A narrativa segue a vida de Raven Baxter (Raven-Symoné), uma garota do ensino médio que tem o poder de prever o futuro. Na companhia de seus amigos, Chelsea e Eddie, Raven tenta sempre resolver os problemas mostrados por suas visões antes que eles aconteçam – o que acaba resultando em problemas ainda maiores. Além da exibição original do Disney Channel, a série era exibida também no SBT – o que fez com que se popularizasse ainda mais no Brasil.

Fringe (2008-2013)
J.J. Abrams. Um nome que dá arrepios até no seriador mais desencano. Tudo isso porque ele é conhecido como o mestre de criar séries maravilhosas que por alguma maneira caem num buraco negro daqueles que não escapa nenhuma poeirinha cósmica para contar a história. (Isso mesmo, estou falando de Lost!). Mas com Fringe, a melhor série de ficção dos anos 2000, J.J. veio se redimir com uma narrativa inovadora, uma roteiro bem amarradinho e um elenco que fez de Fringe, uma série inesquecível (do começo ao prematuro fim). Nomes como John Noble (O Senhor dos Anéis), Joshua Jackson (Dawson’s Creek), Blair Brown (Brincou com o fogo… acabou fisgado!) e o renomado Leonard Nimoy (Jornada nas Estrelas) acabaram atraindo uma legião de fãs bastante fiéis ao seriado. Para se ter uma ideia, a quinta temporada só foi possível por causa de campanhas desses fãs que foram agraciados pela Fox com mais 13 episódios para fechar a trama. Mas quem roubou toda a cena mesmo foi a novata Anna Torv, que cresceu com a série e brilhou como a agente especial Olivia Dunham (o nome da minha gata rs). Algumas pessoas gostam de descrever Fringe como uma série que conta a história de uma equipe de agentes do FBI que investigam crimes “especiais”, uma espécie de Arquivo X sem aliens. Mas para mim, a série é sobre a natureza humana, e do que somos capaz de fazer por amor.

The Big Bang Theory (2007-2019)
Ano passado, depois de uma crise nervosa que quase me levou ao hospital, me deparei com um episódio qualquer de TBBT na Warner. Nunca entendi a veneração do povo com essa série. Globo de Ouro, Emmy, People’s Choice Awards? O que uma história sobre um bando de nerd e uma loira sem noção tem para agregar à televisão? É seguro dizer que Chuck Lorre e Bill Prady me ajudaram a superar uma das fases mais terríveis da minha vida, e tudo isso porque descobri que rir é realmente o melhor remédio. A comédia não é nem de perto uma referência de requinte, é gravada com público no estúdio, tem uma cenário bastante limitado, no estilo mais simples e antigo que uma comédia para TV pode ter. Talvez seja por isso que os diálogos e os personagens precisem ser tão bem trabalhados, e para uma série que já está na décima temporada, manter a audiência apenas com humor não é nada fácil. Na verdade, é louvável. Numa comédia de palco, o tempo da piada, a versatilidade dos atores e atrizes, e o feeling da redação é tudo. Comecei TBBT pelo final, claro. Nunca vou esquecer o primeiro Penny! Penny! Penny! nem do Sheldon defendendo o “lugar” dele, muito menos das maluquices que Leonard, Raj e Howard fazem por amor. Na época, não dava pra reclamar com ninguém sobre “spoilers”, afinal os fãs da série estão em qualquer lugar deste planeta. Então resolvi este problema vendo todos os episódios na Netflix (aqui na Irlanda tem TBTT!!!!) e hoje, já estou na minha terceira maratona completa da série. E com a sensação de que a Kaley, Johnny, Jim, Simon, Melissa, Kunal e Mayim são os amigos que eu sempre vou querer ter por perto.

Gostou da nossa lista? Relembre também as 10 melhores séries dos anos 90, a época de ouro da televisão! Ah! E como no 10 +, o espaço é limitado, muita coisa boa ficou de fora! Para você, quais as séries estariam nessa na lista? Conta pra gente!

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