Maratonei: ‘Parks and Recreation’

Resenha sem spoilers! (Ou ao menos sem spoilers grandes)
Maratonar nunca esteve tão na moda. A ação virou o verbo da vez, principalmente com o fácil acesso à internet e aos serviços de streaming. Razões para maratonar séries são muitas: nostalgia, curiosidade, porque você simplesmente não quer ficar atrás no hype… A minha motivação para começar a assistir Parks and Recreation foi superar um momento muito triste, uma daquelas fases na vida que uma risada pode literalmente salvar o dia.
Comecei a maratona em agosto deste ano. Ao todo foram sete temporadas assistidas em apenas duas semanas! A série criada por Michael Schur e Greg Daniels me trouxe leveza quando tudo estava bem sufocante. Eu gostei tanto da experiência que resolvi maratonar a série pela segunda vez, terceira… Agora ela se tornou uma das minhas favoritas.
Juntei nesse texto algumas das minhas percepções sobre a série, espero que curtam tanto quanto eu.
Parks and Recreation e a prática da “boa vizinhança”
Ao menos que você seja morador de Eagleton, é seguro dizer que uma das maiores lições da série é a prática da tolerância. Parece cômico – e talvez seja mesmo – pensar que uma série sobre política e burocracia traga uma mensagem tão apaziguadora. Mas antes que alguém me pergunte se eu realmente vi Parks and Recreation, vale lembrar que o tema recorrente não é tão óbvio para os telespectadores menos atentos.

Feminismo é necessário mais do que nunca
Parks and Recreation traz outro tema recorrente: o feminismo. Leslie Knope desafia os costumes e valores atrasados da cidade fictícia de Pawnee. É uma feminista que luta por igualdade sem hipocrisia, destacando o quanto ainda precisamos evoluir.
Aprenda a rir de si mesma
Seja gentil com você mesma. Essa lição é evidente em Parks and Recreation, uma série que me ensinou que rir de si mesma é um superpoder. As falhas de Tom Haverford são uma metáfora para perseverança: falhar muitas vezes é o caminho para o sucesso.

Diversidade e representatividade é um assunto indigesto
A série aborda diversidade com coragem, destacando temas como racismo e machismo antes mesmo de movimentos como #MeToo. Com um elenco diversificado, Parks and Recreation mostra que televisão também é espaço para discussão social.
Personagem favorita: Ann Perkins
Ann Perkins, interpretada por Rashida Jones, é o coração da série para mim. Sua personalidade ética e divertida, junto com a representatividade birracial, faz dela uma inspiração. Leslie Knope não exagera ao elogiá-la como um “unicórnio feito de arco-íris”.
Se eu recomendaria Parks and Recreation? Com toda certeza! Uma comédia única para qualquer hora do dia ou do ano.